Cinco vezes campeão brasileiro de Freestyle Motocross (FMX) e embaixador da Honda, o piloto Fred Kyrillos conhece bem toda a técnica de acrobacias perfeitas, cambalhotas precisas e habilidade de voar sobre duas rodas que a modalidade exige.

 

Traduzido para o português como Motocross Estilo Livre, o esporte necessita que o atleta esteja totalmente conectado à mente, ao corpo e à motocicleta. Fred, que hoje está com 35 anos, sabe o que significa toda essa entrega.

 

O piloto paulista é o principal representante brasileiro da categoria em competições internacionais. Ao Blog Conexão HSF, o piloto relembrou o início da trajetória no esporte, as principais conquistas da carreira e a expectativa para as competições em 2022.

 

Você é um dos grandes nomes do FMX no país. Que episódio levou você a se dedicar inteiramente a esse esporte?

Eu já era piloto de FMX e competia nacionalmente, inclusive já tinha vencido alguns eventos. Em 2008, após a minha participação no X Games, no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, percebi que poderia ser um competidor internacional e representar o motociclismo brasileiro mundo afora.

 

Você já representou o motociclismo no Brasil e em vários países do mundo. Qual a competição inesquecível para você e por quê?

Tive o privilégio de participar de todas as competições oficiais e pude pilotar na América do Norte, América Central, Europa e Oceania. Todas as competições foram extremamente importantes e têm o seu valor, mas de fato o Farm Jam, na Nova Zelândia, foi determinante. Foi minha primeira prova fora do Brasil na qual eu garanti a terceira colocação. Essa competição com certeza abriu muitas portas para minha carreira internacional.

 

O freestyle é um esporte muito técnico com uma margem de erro muito pequena. Como é sua preparação física e mental para encarar os desafios?

O FMX não admite erros e cobra bem caro por eles. Eu tenho duas rotinas de treino físico, uma para época de apresentações e outra para competições. Eles são complementares e me deixam preparado para enfrentar qualquer prova. Já o treino psicológico não para nunca. Além do meu estudo diário sobre psicologia esportiva (uma paixão minha), também faço acompanhamentos pontuais com uma profissional especializada em alto rendimento.

 

Das muitas manobras que você executou, há alguma que foi a mais difícil de executar pela primeira vez e a mais difícil de repetir?

Com certeza o Front Flip, que é o giro de 360 graus para frente. Uma manobra que há pouco tempo era impensada e, graças a minha amizade com o ícone Travis Pastrana (motociclista americano que foi 17 vezes medalhista no X Games), pude aprendê-la. Tornei-me o primeiro brasileiro a realizá-la em competições durante o Nitro Circus World Games 2017, em Salt Lake City, nos Estados Unidos. O aprendizado dessa manobra não foi fácil e me deixou com fraturas no pulso direito, tornozelo esquerdo e na cervical – uma das fraturas mais sérias que já tive.

 

Em 2021, você executou o primeiro backflip (cambalhota para trás) com uma Honda CRF 250F. Como foi essa experiência com a moto Honda?

Excepcional! Um dos meus objetivos é popularizar o motociclismo nacional e proporcionar eventos e conteúdos digitais que os apaixonados por duas rodas gostem muito. O desejo de realizar um back flip com uma moto nacional já existia dentro de mim e, quando eu pilotei a CRF250F pela primeira vez, tive certeza que seria possível. O projeto correu 100% como eu esperava. O salto foi incrível e com toda segurança. Nossa equipe de audiovisual fez um trabalho excelente, captando toda a emoção desse feito inédito. O vídeo com o registro da manobra atingiu a marca de 500 mil visualizações orgânicas e ainda nos rendeu uma capa na Revista Dirt Action, referência no mercado off road. Fiquei muito feliz e satisfeito com o resultado do projeto e estou ansioso para anunciar o próximo.

 

Linha CRF 250F oferece performance e diversão para o ambiente off-road

 

Qual a importância para sua carreira ter se tornado Embaixador Honda?

Eu diria que foi um divisor de águas. Representar uma empresa como a Honda é incrível pois, além de ser líder absoluto de mercado, a Honda é a empresa que mais investe no motociclismo nacional. Tenho muito orgulho de ser um Embaixador Honda e sei das minhas responsabilidades. Procuro representar da melhor maneira possível com muita dedicação, ética e profissionalismo. Visto a camisa Honda com o maior orgulho e prazer.

 

Quais os desafios e novidades para 2022 que você pode contar?

O ano de 2021 não terminou da melhor forma pra mim. Sofri uma queda forte durante um treino, que resultou em uma série de fraturas bem complicadas. Apesar da complexidade das lesões, minha recuperação segue muito bem e acredito que estarei de volta às competições em breve.

 

Quais os valores que o FMX tem ensinado a você como pessoa?

Sem dúvida alguma a disciplina. Acredito que a disciplina é fundamental tanto no esporte quanto na vida e que com ela é possível alcançar qualquer objetivo.

 

Quem são suas grandes referências no FMX e no esporte em geral?

Com certeza o americano Travis Pastrana. Além de ser um amigo pessoal e ter me ensinado muita coisa, foi e até hoje é um exemplo de atleta, empresário e embaixador do FMX.

 

São vários títulos nacionais, como os Brasileiros, os do Duelo de Motos, além das vezes que já subiu ao pódio fora do país. O que você ainda almeja conquistar na carreira?

Hoje, meu maior objetivo é difundir o esporte no Brasil, organizar o FMX como modalidade e popularizar a categoria. Como piloto, quero continuar competindo em alto nível, especialmente nos eventos internacionais.

 

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Fred Kyrillos
Fred Kyrillos
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