Embaixador da Honda, o experiente piloto Marcelo Leite já visitou 82 países diferentes em cinco continentes em suas incríveis viagens ao redor do mundo.

 

Apaixonado por motocicletas desde os 14 anos, quando teve seu primeiro modelo, o piloto Marcelo Leite já coleciona a incrível marca de ter visitado 82 países em cinco continentes diferentes. Dos desertos da África até o frio do acampamento do Monte Everest, no Tibete, o experiente piloto é uma das principais autoridades quando se trata de viagens de longa distância em duas rodas. Embaixador da Honda, o piloto compartilha, no bate-papo a seguir, das lições que aprendeu em suas viagens, as novidades sobre o Programa RedRider e dá dicas e conselhos para quem deseja se aventurar em duas rodas. 

 

  • Em que momento nasceu sua paixão por motocicletas? 

Passei boa parte da minha infância e adolescência na França. Lá, você pode ter sua primeira motocicleta com 14 anos. Tive a minha primeira nessa idade e isso mudou minha vida. Passei a ter uma liberdade de fazer o que eu queria e foi a motocicleta que me proporcionou. Isso, inclusive, influenciou em minha escolha profissional. Fiz engenharia por causa da motocicleta. Embora tivesse uma carreira executiva, sempre viajei de moto. E sempre morrendo de vontade de fazer mais viagens em duas rodas, mas era sempre limitado pelo tempo. Até que chegou uma hora em que eu resolvi colocar a motocicleta em um primeiro plano na minha vida e deixar de tratar apenas como um hobby. Em 2011, saí da vida executiva para focar definitivamente nas viagens de motocicletas.

 

  • Como é rodar o mundo inteiro em uma motocicleta?

Conhecer o mundo sempre foi um sonho. Andar de motocicleta é algo que faço desde os 14 anos. É uma verdadeira paixão. Explorar o mundo para descobrir lugares em que nunca estive, conhecer as pessoas e os pequenos povoados, seja no meio da África ou no Everest, por exemplo, foram experiências especiais. E essa adrenalina de sempre ter algo novo para descobrir de motocicleta é incrível. Esse sentimento não acaba nunca. Já faço isso há décadas. Tinha visitado 10 países, depois 30 e agora estou com 82 e ainda não está bom. Quero mais! 

 

  • De todas as expedições, qual foi o momento que mais te emocionou?

Tive experiências muito bacanas em alguns países que me marcaram fortemente como estar no Sudão, Irã, Mongólia, Mauritânia e Cuba. Esses países, para mim, foram os tops pelas experiências que vivi. Cada um por um motivo diferente, mas, em todos eles, a experiência com as pessoas desses lugares foi muita gostosa e positiva. E, em muitos casos, essas viagens me mostraram o contrário do que as pessoas costumam imaginar sobre estes países. O Irã é um exemplo: foi um dos lugares mais acolhedores que já estive no mundo.

 

  • Quais as lições e aprendizados para a vida que uma expedição traz ao piloto? 

Vamos falar da parte prazerosa. Chegar no campo base do Monte Everest, por exemplo, é uma conquista pessoal. Você se desafiar e conseguir atravessar as pistas de areia na Mongólia, que é algo desafiador, traz um prazer muito grande. Ao mesmo tempo, ser acolhido pelas pessoas do interior da Tanzânia é um sentimento incrível. Eles se esforçam, sem recurso algum, para que você se sinta acolhido. São experiências de relações humanas maravilhosas.

 

  • Para quem irá se aventurar em longas viagens de moto, qual o preparo essencial? 

Acredito que a pessoa tem que ter uma capacidade de planejamento. Não apenas de como será a viagem, mas têm muitas coisas para planejar: a parte financeira, de saúde, o que fazer se tiver algum problema no meio do deserto, como cuidar da motocicleta, as peças, os cuidados com a documentação etc. Quem não se preparar direito pode sentir muito quando as dificuldades aparecerem. Então, o principal preparo está em um bom planejamento. E é importante ser um bom gestor de riscos. Essa habilidade me permitiu fazer todas essas expedições. Nunca tive um acidente grave na minha vida passando por 82 países.

 

  • Qual motocicleta Honda você usou em uma expedição e teve uma experiência completa? 

Eu tive várias motocicletas Honda. A marca faz parte da vida das pessoas. Tive várias XLs, um monte de outros modelos, mas aquela que eu mais me encaixei e que tem mais a ver com as coisas que eu gosto, com o tipo de experiências que prefiro, é a Africa Twin. É a motocicleta que tem muito a ver com a maneira que eu gosto de viajar e fazer as expedições. Ela consegue ser usada tanto para atravessar as areias na Mauritânia quanto para pegar um estradão tranquilo. Tenho uma confiança muito grande na marca e nesse produto em particular. Essa motocicleta me traz uma paz de espírito para poder viajar. 

 

  • A Honda criou o programa RedRider para proporcionar experiências de viagens exclusivas aos clientes da marca. Quais os aprendizados adquiridos? 

Existem vários programas de viagem no mercado, mas o RedRider é mais do que um programa de viagens. Ele acaba sendo um programa de experiências completo. Primeiro que você tem um suporte da Honda para sempre ter as melhores motocicletas disponíveis. Segundo que você tem não só a viagem, mas todo um leque de programas de treinamento que se casam muito bem com as viagens. Oferecemos, por exemplo, um treinamento com Jean Azevedo para pilotagem off road para levar cliente para uma experiência na Namíbia ou na África do Sul, onde terão vários momentos de off road. É algo legal porque você junta um aprendizado específico com o prazer da viagem. 

 

  • Em relação às viagens futuras, algum projeto em vista que pode compartilhar?

Nos próximos dois anos, estarei focado no programa RedRider, trazendo experiências bem interessantes aos clientes. Assim que a pandemia permitir, faremos a Namíbia e África e uma expedição pela rota Paris-Dakar. Estamos com uma experiência de alto luxo para casais, clientes da marca, e utilizaremos a Gold Wing. Também faremos rotas pelo Tibete, um país que já percorri três vezes, e vamos ao campo base do Monte Everest.

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